terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sobre o que não se pode tocar

Para melhor aproveitar o texto abra o link, deixe o vídeo carregar e aguarde futuras instruções. Trata-se da música “Misread” da banda “Kings of Convenience”. Memso que fiquei irritado tente ler o texto até o final. Valerá a pena. Por favor prepare a música. Ela será fundamental para o andamento do texto. Grato. Abaixo o link... PREPARA-SE

http://br.youtube.com/watch?v=2emj7HXv6Ic


INÍCIO

Um leitor virtual abre um blog achando se tratar de escritos premonitório. Escreveu na barra de endereços “Sobre o Futuro” e de repente caiu aqui, neste blog. Resolve deixar a música "Misread" para carregar no YOUTUBE para poder ouvir mais tarde. Começa a ler o texto.


Bem, esse relato começa onde tudo começa: nos processos mentais. Dessa vez não começarei por Adão e Eva e nem pela explosão inicial, o Big Bang. Porque... Bem, já que a escolha será inevitavelmente pelo invisível resolvi ficar com a formidável palpalidade dos processos mentais. Sim, porque tudo isso aqui, meus caros...Não passa de mera abstração.

Dos processos mentais à ponta dos dedos. Este é o início. O início desta história, o início deste blog. Tudo, absolutamente tudo aqui, acontece no caminho entre os processos mentais e a ponta dos dedos. O fato é que até mesmo o início desta história já carrega em si uma dízima periódica real já que: Esta história inaugura este blog. Foi escrita com o único intuito de inaugurá-lo, ao mesmo tempo que, este blog só pôde inaugurado após o encontro de nossos processos mentais que geraram em você o desejo de me pedir que escrevesse um blog e que então me fizeram executar mais processos mentais, em sintonia com os seus processos mentais, e esses processos unificados graças à ela, a sintonia, construíram toda essa história dentro da qual está o seu pedido, pedido esse que estimulou a criação desse blog e culminou no tema processos mentais, pois processos mentais serão depositados aqui, processos como os que fizeram nos conhecermos. O primeiro texto do blog se relaciona justamente à está história, dentro da qual há um pedido, gerado pela congruência de nossos processos mentais, pedido que fez o menino escrever um blog e assim sucessivamente e sucessivamente e sucessivamente... Ou seja: Encontro virtual, história, pedido, atendimento do pedido, criação do blog, postagem do primeiro texto no qual se conta a história de um encontro virtual, no qual há um pedido que é atendido e assim por diante...

Deixemos de lado a dizima periódica e voltemos aos processos mentais. Desculpem-me o excesso de repetição de verbetes (ou coisa que o valha) como no caso de “processo mentais”, mas não consigo escolher nada que pareça melhor do que “processos mentais” pra falar sobre processos mentais.

Eu falo de processo mentais porque é disso que se trata. Como? Esta história nasce de um encontro virtual. A causa: o amor em comum pelas meninas de olhos verdes. Embarque – Curitiba, Brasil. Destino – Nagoya, Japão. Foi olhando os quatro olhos verdes, você através da Web Cam, eu através do vento, que nossos olhares, ou melhor, nossa palavras se cruzaram pela primeira vez. Cérebros com encaixe perfeito, entende? Mesmo há quilômetros de distância... Sintonizados via satélite a partir de impulsos elétricos gerados pelos intensos processos mentais e que se utilizam, para sintonizar, da energia liberada no momento inicial do encaixe, energia essa com força suficiente para retorcer o mundo. Com isso a necessidade de intensidade se tornou inevitável. Resultado: Um grande amor, o rompimento e,a gora, o reencontro. Tudo estruturado apenas pela irrefutabilidade dos processos mentais.

Toda essa história de amor só existe, na prática, na rede. Milhões de bytes se movimentando em harmonia perfeita... como uma orquestra. Ouça os violinos... a percussão... O piano! Deus! Como é lindo. E o maestro... O maestro é esse sabor doce que podemos gerar um no outro quando encaixamos, delicadamente, nossos pensamentos. Nossa história existe apenas nas nossas memórias e na memória de nossos computadores. De resto sua materialidade máxima está na sua capacidade de ficar flutuando pela internet e sendo encontrada, aos pedaços, por milhões de transeuntes virtuais através do google. Confesso que a certa altura me desesperei pela inexistência das provas de amor até que me disseram que, na verdade, havia algo de material. “Em algum lugar do mundo há um prédio enorme com milhões de chips guardando toda a informação dos milhões de usuários”... Me acalmei... Até que me dei conta de que na verdade tudo não passava de abstratos processos mentais. Sim, estímulos elétricos sendo codificados em ação e, logo em seguida, recodificados em estímulos elétricos e, por conseguinte, armazenados em uma memória construída à imagem e semelhança da nossa e, assim, passível de pane. Este blog mesmo. Não passa de uma combinação de umas coisas que eu vi, vivi ou inventei e que pularão do meu arquivo biológico para um arquivo virtual.
Tudo impulso elétrico, tudo na memória.

(LIGUE A MÚSICA QUE DEIXOU CARREGANDO NO YOUTUBE)

O Leitor, irritado com tanta divagação, resolve colocar para tocar a música da banda Kings Of Convenience que preparou antes de iniciar a Leitura. Após o início da canção retoma o texto do lugar onde havia parado.


Essa é uma história de amor. E acho que isso basta. Ela fala sobre o tempo. Se estruturando em sua volatilidade e se propagando como ondas de rádio. Sobre sentir saudades do que nunca foi vivido.
(Pausa. Urano começa a exercer forte atração sobre o planeta terra. Sua influência anárquica e futurista torna inevitáveis as projeções do futuro. Enquanto as previsões acontecem por aqui, no céu, também atordoados por Urano, Vênus e Mercúrio se olham. Em sincronia, na cidade de Nagoya, uma carta, recém retirada da caixa de correio é finalmente aberta.)
“Quando você ler esta carta eu já estarei, certamente, com um mapa de Nagoya nas mãos, procurando a sua casa. Coloque as almofadas de novo em cima do sofá e prepare um jarro grande com água pois eu levo flores”.

2 comentários:

sara castillo disse...

ainda bem que você foi dobrado e decidiu abrir o blog. tão bom te ler, meu pequeno.

linkarei o blog agora mesmo!

besos.

s. castillo

Alice disse...

Que bom que você foi motivado a abrir o blog , as informações que tenho , as músicas , letras , poemas , reportagens não alimentam mais o meu vicio por Leo Fressato!
é tão bom te ler , te ouvir , te ver!

Beijos !
Alice