Se isso fosse uma novela ela se Chamaria "A Pessoa Mais triste do mundo" e a trilha sonora de abertura seria Águas de Março. Porque o Tom e a voz da Elis sabiam que era pau, era pedra... era o fim do caminho. No episódio de abertura o personagem principal é visto sendo baleado no meio de Copacabana. Um lapso de tempo e lá está ele, já recuperado, voltando pra casa. Seu nome? Culatra , porque foi por onde o tiro saiu. Troço violento. No passar da temporada descubriremos que nosso herói já escapou de várias estripulias mal fadadas. Que embora muitos acreditem que sua falta de cabelos seja culpa do stress a verdade é que havia tido a cabeça quase que bebida de canudinho por índios Tupinambás, anos antes. Bom, depois de case perder a cabeça e de sobreviver á um tiro, Culatra, vai, episódios seguintes, entregar seu coração há algum antagonista estrangeiro. Um homem bomba israelita, um kamikaze oriental, ou um refinado europeu mestre em requintes de crueldade... Já ouviu falar em crueldade diplomática? Bem... é é nessa hora da novela, no útimo capítulo, que os românticos de plantão irão levantar de suas poltronas, enquanto protagonista e antagonista se casam, aliviados com a promessa de felizes pra sempre. o que nossos espectadores não sabem é, que se essa novela tivesse mais quinze minutos... veriamos,o coração do nosso herói, ao chegar em casa, sendo explodido, atirado ou fatiado em partes mais finas que uma folha de papel... veremos Culatra agonizando... Então as fatias serão atiradas numa jaula de famintos. Sim. De famintos. Que irão comer-se uns aos outros, feito tupinambám sobre efeito de álcool, despedaçando-se numa luta desesperada pelo resto de carne podre e fétida que é o coração do nosso protagonista. Os que conseguirem uma das cobiçadas finas fatias perceberão, em suas línguas, o gosto do que comem... E o que comem? Merda. O que comem é merda.
Se isso fosse uma novela ela certamente se Chamaria "A Pessoa Mais triste do mundo". E tocaria, no fim, alguma canção triste do Milton Nascimento. E no último episódio, o nosso herói, Culatra, seria baleado em Copacabana e dessa vez não se safaria. No surto gerado pelo tiro pessoas correm para todos os lados. Culatra vai sendo esquecido ali. Vemos que culatra não está em Copacabana. Está apenas em frente a uma cenografia de Copacabana erguida em plena praça Santos Andrade em Curitiba. O sol não é sol e sim refletores e é inverno. Culatra ainda está ali e perde sangue. Silencia de subito.Morre ali mesmo, vítima de uma hipotermia que o executou muito antes da hemorragia fazer efeito.
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